No dia 05/03/1815, desencarnava Franz Anton Mesmer, médico e magnetizador, pai do Mesmerismo. O médium mineiro João Nunes Maia (1923/1991) foi quem recebeu, diretamente de Mesmer, a fórmula da eficiente pomada “Vovô Pedro”, distribuída gratuitamente em Centros Espíritas. Nasceu em 23 de maio de 1734. (1)
Franz Anton Mesmer foi o médico austríaco criador da teoria do magnetismo animal conhecido pelo nome de mesmerismo.
Nasceu a 23 de maio de 1734, em Iznang, uma pequena vila perto do
Lago Constance. Estudou teologia em Ingolstadt e formou-se em medicina
na Universidade de Viena. Provido de recursos, dedicou-se a longos
estudos científicos, chegando a dominar os conhecimentos de seu tempo,
época de acentuado orgulho intelectual e ceticismo. Era um trabalhador
incansável, calmo, paciente e ainda um exímio músico.
Em 1775, após muitas experiências, Mesmer reconhece que pode curar
mediante a aplicação de suas mãos. Acredita que dela desprende um fluido
que alcança o doente; declara: “De todos os corpos da Natureza, é o
próprio homem que com maior eficácia atua sobre o homem”. A doença seria
apenas uma desarmonia no equilíbrio da criatura, opina ele. Mesmer, que
nada cobrava pelos tratamentos, preferia cuidar de distúrbios ligados
ao sistema nervoso. Além da imposição das mãos sobre os doentes, para
estender o benefício a maior número de pessoas, magnetizava água,
pratos, cama, etc., cujo contato submetia os enfermos.
Mesmer praticou durante anos o seu método de tratamento em Viena e em
Paris, com evidente êxito, mas acabou expulso de ambas as cidades pela
inveja e incompreensão de muitos. Depois de cinco tentativas para
conseguir exame judicioso do seu método de curar, pelas academias, é que
publica, em 1779, a “Dissertação sobre a descoberta do magnetismo
animal”, na qual afirma que este é uma ciência com princípios e regras,
embora ainda pouco conhecida.A sua popularidade prosseguiu por muitos anos, mas outros médicos o
taxavam de impostor e charlatão. Em 1784, o governo francês nomeou uma
comissão de médicos e cientistas para investigar suas atividades.
Benjamin Franklin foi um dos membros dessa comissão, que acabou por
constatar a veracidade das curas, porém as atribuíram não ao magnetismo
animal, mas a outras causas fisiológicas desconhecidas.
Sessão mesmérica ao redor do “baquet”. Mesmer atende uma paciente que
desmaia. O salão era forrado de espelhos para intensificar o
magnetismo.
Concentrado no alívio à dor, Mesmer não chegou a perceber a
existência do sonambulismo artificial, que seu ilustre e generoso
discípulo, conde Maxime Puységur, descobre (inclusive a clarividência a
ele associada), o qual se desenvolve durante o transe magnéticos em
certas pessoas.
Em 1792, Mesmer vê-se forçado a retirar-se de Paris, vilipendiado, e
instala-se em pequena cidade suíça, onde vive durante 20 anos, sempre
servindo aos necessitados e sem nunca desanimar nem se queixar. Em 1812,
já aos 78 anos, a Academia de Ciências de Berlim convida-o para prestar
esclarecimentos, pois pretendia investigar a fundo o magnetismo. Era
tarde; ele recusa o convite. A Academia encarrega o Prof. Wolfart de
entrevistá-lo. O depoimento desse professor é um dos mais belos a
respeito do caridoso médico:
“Encontrei-o, dedicando-se ao hospital por ele mesmo escolhido. Acrescente-se a isso um tesouro de conhecimentos reais em todos os ramos da Ciência, tais como dificilmente acumula um sábio, uma bondade imensa de coração que se revela em todo o seu ser, em suas palavras e ações, e uma força maravilhosa de sugestão sobre os enfermos.”
Assim foi Mesmer. Durante anos semeou a cura de enfermos, doando de
seu próprio fluido vital em atitude digna daqueles que se sacrificam por
amor ao seu trabalho e a seus irmãos. Suas teorias atravessaram décadas
e seu exemplo figura luminoso entre os missionários que sob o açoite
das críticas descabidas e as agressões da calúnia, passam incólume
escudado pelo dever retamente desempenhado.
Seu nome jamais se desligará do vocábulo “fluido” e sua vida valiosa
pelos frutos que gerou, jamais será esquecida por aqueles cuja
honestidade de propósitos for o ornamento de seus espíritos.
A sua obra foi decisiva para demonstrar a realidade da imposição das
mãos como meio de alívio aos sofrimentos, tal como a utilizavam os
primeiros cristãos antigamente e os espíritas atualmente.
No início de 1814, ele regressou para Iznang, sua terra natal, onde permaneceria os seus últimos dias até falecer em 05/03/1815. (2)
Fontes:
(1) - http://www.feeb.org.br/index.php/institucional/artigos/372-biografia-de-mesmer
(2) - http://orsonpetercarrara.blogspot.com/2022/03/mesmer-data-de-desencarnacao.html
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