Por sugestão do Sr Wandemberg Libério, frequentador desta casa, segue importante texto de Gabriel Delanne em seu livro O Espiritismo perante a ciência.
Existem, infelizmente, entre os médiuns, os mais deploráveis preconceitos. Uns se supõem investidos de uma espécie
de sacerdócio, que os deve colocar acima de seus
contemporâneos, e consideram como atentatória à sua dignidade qualquer medida que tenha por fim fiscalizar lhes a faculdade. Outros –
ajuntemos que são pouco numerosos – consideram o mediunismo como
um dom que lhes permite ganhar facilmente a vida, e se
estabelecem médiuns como o faria um salsicheiro ou um padeiro.
É de se desejar que os espiritistas sérios reajam contra
essas tendências contrárias às instruções dos Espíritos, e
que Allan Kardec reprovava energicamente. Disse Lafontaine: mais
vale um franco inimigo do que um amigo desastrado. É uma
verdade isto, sobretudo em Espiritismo.
Formou-se uma classe de fanáticos que querem excluir toda medida preventiva que tenha por fim resguardar contra
uma possível fraude. Consideram eles os investigadores
sérios como falsos irmãos e, por pouco, lhes pregariam uma peça.
Essas pobres pessoas não compreendem que é de interesse
capital que não se produza a menor suspeita; sem isto, adeus
convicções!, que se deseja fazer que nasçam. Com seu desajeitado
zelo, fazem mais mal à doutrina que os mais encarniçados
detratores.
DELANNE, Gabriel, O ESPIRITISMO PERANTE A CIÊNCIA. Quinta
parte, cap. I - Algumas observações preliminares.
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